Alguns tipos de pessoas simplesmente não consigo entender. Inclua aí preconceituosos, pessoas hostis ao alho, defensores da carne de soja e do leitinho de vaca, eleitores de Trump, baladeiros noturnos compulsivos, agressores de animais, pessoas (com acesso à comida) que não dão a mínima para o que comem.
Óbvio, o tamanho do meu hã? Como assim? é proporcional ao absurdo – ser defensor da carne de soja não é tão grave quanto apoiar supostos políticos –, mas pessoas que não se importam com o que têm no prato realmente me impressionam.
Comida faz parte da nossa história, como humanidade e como indivíduos. No meu caso, mais do que uma história, eu e a comida temos um relacionamento cheio de altos e baixos.
Teve a época da infância, em que o lance era focar no açúcar. Doce era igual a glória. Daí veio a desgraça da adolescência e a mania de me ver como uma baleia desengonçada, mas, ao mesmo tempo, amar tudo aquilo que engorda. Continuo adolescente nesse sentido, mas amadureci e estou selecionando melhor as fontes da minha gordice aguda.
Depois disso, conheci o mundo peso pesado da culinária neo-zeolandesa, durante o ano de intercâmbio, e rompi com minha ex-bunda chamada Bela Firme. E, finalmente, veio a descoberta da alimentação vegetariana, que não trouxe minha bunda Bela Firme de volta, mas deu uma acalmada nos meus instintos glutões.
Mesmo com o tempo, passado mais rápido do que às vezes a gente gostaria, aqueles sabores e aromas da infância e da adolescência nunca foram esquecidos.
Apesar de estarem guardados comigo, tem dias que aquelas sensações me fazem falta. O sabor do feijão da mamãe, o cheiro da casa do vovô, as desastrosas experimentações culinárias com a irmã, o fast food com a titia, a pamonha na estrada do interior, a expectativa infantil com o bolo no forno, a suculenta fruta nordestina saboreada na varanda do apartamento…
Com saudade de tudo e de todos, hoje fiz bolo de cenoura, com farinha de trigo e açúcar (demerara, porque o branco não entra mais aqui em casa), pra não esquecer da minha infância e de quem eu sou.
Ingredientes da massa
3 cenouras (150 g) cortadas em rodelas
1/4 xícara de óleo vegetal
2/3 xícara (150 ml ) de água
1 xícara de açúcar
1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher (sobremesa) de fermento químico em pó
Ingredientes para a calda de chocolate
1/3 xícara de açúcar
2 colher (sopa) de cacau em pó
1 colher (chá) de óleo de coco
1/2 xícara de água
Preparo
Preaqueça o forno em 180ºC e unte com óleo e farinha uma forma redonda de 18 cm de diâmetro ou forminhas redondas individuais.
Obrigada. Vou tentar. Se tiver mais receita de bolo sem ovo que seja bem sucedida nós leitores agradecemos !
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Olá, Obrigada pela receita. Tenho ainda muita dificuldade com bolo e massa de quiche ( empadinha sendo mais especifica ) sem ovos que tenham bom resultado. E suas dicas ajudam muito. Poderia especificar quantos gramas seria tanto na Xícara de farinha quanto na de açúcar? Quero repetir a receita no entando sempre fico na dúvida devido as variações de xícara que se encontra hoje em dia. Sem falar nas canecas rs. Super grata!
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Oi Rosa, na minha balança a 1 xícara e meia de farinha deu 208 g. E a 1 xícara de açúcar demerara, 238 g.
A minha xícara medidora é da Marinex. Acho mais seguro usar a xícara do que a minha balança, que já tá meio velhinha.
Dá uma olhada aqui: http://lista.mercadolivre.com.br/2-copo-medidor-jarras-marinex
Beijo!
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